Práticas de violência simbólica da cultura de dominação masculina: uma interpretação comportamentalista

Autores

  • Jordana Fontana
  • Carolina Laurenti

DOI:

https://doi.org/10.32870/ac.v28i4.77327

Palavras-chave:

Dominação masculina, gênero, cultura, contingência de três termos, análise do comportamento, política.

Resumo

Debates sobre gênero e feminismo têm aparecido cada vez mais no escopo teórico da abordagem comportamentalista, enfatizando a importância de examinar as contingências culturais que mantêm a dominação masculina em vigor. Segundo Bourdieu, as práticas de violência simbólica desempenhariam um papel importante na manutenção da cultura de dominação masculina, uma vez que esse tipo violência seria mais difícil de ser combatido, dado seu caráter sutil e inconsciente. O objetivo do artigo é examinar as práticas de violência simbólica da cultura de dominação masculina de acordo com a estrutura da contingência cultural de três termos, constituída por contexto, práticas e consequências culturais. Foram examinadas práticas como: divisão de espaços e atividades entre gêneros, inferiorização da feminilidade, conformação a padrões de estética e práticas sexuais voltados à fruição masculina. O contexto dessas práticas é produto do controle social exercido pelas agências controladoras, que difundem práticas de violência simbólica por meio do reforçamento diferencial e controle ético, propiciando aos homens um maior controle e acesso a importantes reforçadores sociais. As práticas de violência simbólica são mantidas por consequências favoráveis à sobrevivência da cultura de dominação masculina, beneficiando alguns grupos comandados majoritariamente por homens (agências controladoras) pela manutenção de poder e privilégios masculinos.

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Publicado

2020-11-21

Como Citar

Fontana, J., & Laurenti, C. (2020). Práticas de violência simbólica da cultura de dominação masculina: uma interpretação comportamentalista. Acta Comportamentalia, 28(4). https://doi.org/10.32870/ac.v28i4.77327

Edição

Seção

Artículos

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